domingo, 20 de dezembro de 2009

Camadas da Atmosfera - Luan, Mirela e Vanessa


Troposfera

é a camada atmosférica que se estende da superfície da Terra até a base da estratosfera. Esta camada responde por oitenta por cento do peso atmosférico e é a única camada em que os seres vivos podem respirar normalmente. A sua espessura média é de aproximadamente 12km, atingindo até 17km nos trópicos e reduzindo-se para em torno de sete quilômetros nos pólos.


Estratosfera

é a camada onde a temperatura aumenta com a altitude e se caracteriza pelos movimentos de ar em sentido horizontal, fica situada entre 7 e 17 até 50 km de altitude aproximadamente, sendo a segunda camada da atmosfera , compreendida entre a troposfera e a mesosfera, a temperatura aumenta à medida que aumenta a altura. Apresenta pequena concentração de vapor d'água e temperatura constante até a região limítrofe, denominada estratopausa. Muitos aviões a jacto circulam na estratosfera porque ela é muito estável. É nesta camada que existe a camada de ozônio e onde começa a difusão da luz solar (que origina o azul do céu).


Mesosfera

é a camada onde a temperatura diminui com a altitude, esta é a camada atmosférica onde há uma substancial queda de temperatura chegando até a -90°C em seu topo, está situada entre a estratopausa em sua parte inferior e mesopausa em sua parte superior, entre 50 a 85 km de altitude. É na mesosfera que ocorre o fenómeno da aeroluminescência das emissões da hidroxila e é nela que se dá a combustão dos meteoróides.


Termosfera

é a camada onde a temperatura aumenta com a altitude e está localizada acima da mesopausa, sua temperatura aumenta com a altitude rápida e monotonicamente até onde a densidade das moléculas é tão pequena e se movem em trajetórias aleatórias tal, que raramente se chocam. É a camada onde ocorrem as auroras e onde orbita o Ônibus Espacial.

Surgimento da Atmosfera - Luan, Mirela e Vanessa

Atmosfera foi o nome dado a camada gasosa que envolve todos os planetas. No nosso caso, a Atmosfera Terrestre, que é composta por inúmeros gases que ficam juntos da Terra pela foca magnética e pela gravidade terrestre.

Inicialmente, quando a Terra estava em formação, nossa atmosfera era composta de gases como metano, amônia, nitrito, vapor d’água e dióxido de carbono, que eram expelidos pelas constantes erupções vulcânicas e colisões na superfície terrestre. Na segunda fase de sua formação, acredita-se em um possível efeito estufa que tenha impedido a Terra de congelar. Devido ao resfriamento o vapor d’água condensou-se transformando em chuva, o que fez surgirem os oceanos que iniciariam a dissolução do dióxido de carbono. Surgem então, os primeiros seres vivos que realizam a fotossíntese, começando a troca de gás carbônico por oxigênio, com o tempo o carbono em excesso ficou retido nas rochas sedimentares, combustíveis fosseis e conchas animais. O oxigênio ficando livre e reagindo com o amoníaco, libera o azoto que por sua vez faz com que as bactérias também iniciem a transformação de amoníaco em azoto. Com a população vegetal crescendo os níveis de oxigênio também passaram a aumentar.
Na terceira fase da formação da atmosfera, surge o ozônio, é quando as formas de vida ali geradas passam a ficarem protegidas da radiação solar.

Água - Carla e Daiana

Um dos problemas e escassez de água, pois se tornou uma serie ameaça para o nosso planeta. Água doce nunca se acaba mais com o aumento da população, o desperdício, a poluição, com o passar do tempo haverá falta de água.
Água exerce um papel fundamental nas nossas vidas no desenvolvimento das atividades. Os vazamentos, torneiras mal fechadas, banhos demorados e lavagem de carros e calçadas é uma prova que a humanidade não cuida do que tem. Alem do uso inadequado à distribuição e desigual dos recursos hídricos sobre a terra e as diferença de consumo entre países.
A água está em constante circulação na natureza e se apresenta sob três estados: sólido, liquida e gasoso. Água dos oceanos, rios, lagos, vegetais e geleiras passa para a atmosfera em forma de vapor.
Dos 119mil km3/ ano de precipitações que caem sobre os continentes, apenas 47 mil km não volta para a atmosfera, circulando como água doce.
As áreas mais áridas ocupam cerca de 40% da superfície dos continentes, onde se localizam países como Emirados Árabes Unidos, Malta, Líbia, Jordânia, Israel entre outros. Apenas nove países no mundo possuem 60% da água doce da terra: Brasil (12%), Rússia, Estados Unidos, Canadá, China, Indonésia, Índia, Colômbia e Peru.
A água potável disponível na terra era de 12,5 mil km3 aproximadamente menos da metade que havia há cinqüenta anos. Descontando os usos, agrícolas e domésticos, as reservas mundiais chegavam a 16800 m3 por pessoa. No século xx, se reduziram para 7300 m, previsão para 2025 é de chegar a 4800 m3.
Na agricultura é um dos setores que mais utilizam os recursos hídricos, para a irrigação. Hoje, 70% da água disponível no planeta são utilizadas na agricultura, mas segundo o Conselho Mundial da Água em 2020 seremos necessários 17% desse recurso para alimentar o mundo.
Segundo estudos da ONU, em 2025 a carência de água atingira cerca de dois terços da população mundial, que devera reduzir em 35% o consumo desse recurso.
Segundo o Banco Mundial, cerca de oitenta países podem entrar em conflito por causa dos recursos hídricos.









Impacto ambiental

Os oceanos e mares do nosso planeta têm importância fundamental para a conservação e manutenção da vida sobre a terra, mas hoje em dia homem esta cada vez mais aumentando a poluição neles.
Os oceanos tem sido os mais atingidos pelos impactos ambientais, pois os poluidores levam até eles os dejetos que acumulam em seu curso e esses poluentes podem ser levados pelas correntes marinhas, afetando a vida de regiões distante de onde foram lançados. As grandes cidades e portos que ficam próximos ao litoral são os que mais atingem os oceanos pela poluição, assim prejudicando a vida em geral.
Os esgotos, os derramamentos de petróleo e de lixo atômico são os mais agridem oceanos e mares. Os petroleiros (navios especiais para o transporte de petróleo) muitas vezes navegam sem as devidas condições de segurança e conservação e às vezes acabam gerados graves problemas ambientais. O lixo atômico, armazenado em caixas metálicas fechadas no fundo dos mares, por enquanto não causou impacto ambiental conhecido, mas a esse respeito existe preocupação de ecologista.
Portanto devemos respeitar nosso planeta evitando a poluição de nossas águas e assim conservar a existência os seres vivos incluindo-nos mesmos, os seres humanos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Governo Fernando Henrique Cardoso por Martin e Juliano

Nasceu um 18 de junho de 1931. Sociólogo e professor universitário.

Entrou na política em 1978 tornando-se suplente, assumindo o cargo em 1983. Em 1986 é novamente eleito para o Senado após ter perdido as eleições para a prefeitura de São Paulo.
Participou do movimento Diretas Já, eleições de Tancredo Neves e Impeachment de Fernando Collor.

No mandato de Itamar Franco atuou como Ministro das Relações Exteriores e em seguida Ministro da Fazenda, quando implantou o Plano Real, que resultou na queda da inflação.
O Plano Real foi seu principal aliado para vencer e se tornar presidente entre os anos de 1995 á 2002.

No seu primeiro mandato sua proposta foi manter a inflação baixa e controlada, para isso as importações foram facilitadas, houve juros altos que dificultaram o crédito bancário, o Real ficou supervalorizado em relação ao Dólar.
Como conseqüência ouve: recessão, desemprego, queda do PIB, déficits na balança de pagamento, aumento da divida interna e externa, dependência de capital internacional.

Nesse governo foi aprovada a Emenda Constitucional da Reeleição para cargos executivos em todos os níveis, contudo não consegue apoio para efetivar as reformas políticas, administrativas, previdenciárias e econômico-financeiras prometidas em campanha.

Logo no inicio do segundo mandato o país recorre ao FMI, resultado das medidas administrativas e econômicas tomadas por Fernando Henrique Cardoso, consequentemente ouve desvalorização do Real. E gerou uma crise onde houve desemprego, baixa produtividade industrial, queda das exportações e descrédito na comunidade internacional. Isso dificultou uma retomada do crescimento econômico do país.
Foi o primeiro presidente e a se eleger duas vezes consecutivas.




Obras consultadas:
100% aprovado DCL, 2007
VARIOS AUTORES

IMPACTOS AMBIENTAIS EM BIOMAS BRASILEIROS - Egon, Gustavo e Jorge

Os impactos ambientais em território brasileiro assumem uma dimensão mais preocupante em virtude de, por sua posição geográfica, o nosso país abrigar ecossistemas de clima tropical dotados da maior biodiversidade mundial.
A natureza no Brasil tem sido agredida desde o inicio de sua colonização.A faixa litorânea foi a primeira a ser atingida.A mata Atlântica teve mais de 90% de sua área original derrubada para o estabelecimento de cidades, da atividade agropecuária e, posteriormente, do parque industrial brasileiro.Mangues e vegetação de praias e dunas também foram muito afetados.Construção de portos e de casas de veraneio, exploração turística, extração do sal e pesca predatória foram atividades que complementaram o estrago causado pelo homem em ecossistemas litorâneos.
Outros ecossistemas tiveram seu equilíbrio ecológico rompido pelas atividades que ai então se desenvolvimento, como a mineração em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e a criação de gado no sertão nordestino, no Sul e mais tarde no Centro-Oeste.
Nas décadas de 1950 e 1970, a construção de Brasília, de rodovias e de usinas hidrelétricas e a instalação de projetos agropecuárias e de mineração causaram fortes impactos ambientais nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Nas ultimas décadas, as grandes cidades brasileiras tem sofrido muito com a degradação do ar atmosférico, dos mananciais e dos solos.Acesso à moradia, à coleta e tratamento de lixo e ao saneamento básico são os principais indicadores dessas desigualdades presentes no nosso país, ao mesmo tempo que funcionam como elementos agravadores dos impactos ambientais urbanos.

DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE

Os países desenvolvidos, como os europeus, os Estados Unidos e o Japão, alteraram profundamente seu meio ambiente, mas, depois de certo tempo, adotaram medidas para atenuar esses impactos através de severas leis ambientais. Na verdade, esses países foram também responsáveis pela devastação dos recursos naturais de suas antigas colônias, hoje nações independentes. As metrópoles, através das políticas do mercantilismo (colonialismo) e do capitalismo (imperialismo), utilizaram esses recursos em beneficio próprio.
Depois da Segunda Guerra Mundial, em sua expansão, as empresas transnacionais não tinham o meio ambiente como principal preocupação ao instalar suas unidades de produção nos novos paises industrializados.

IMPACTOS AMBIENTAIS NA AMAZONIA

Atualmente, o desmatamento é o principal responsável pela avançada destruição desse bioma, onde as queimadas preparam os terrenos para os grandes projetos agropecuários.Dados recentes da WWF salientam que 15% da Amazônia foi destruída.E o que é mais grave: o novo Código Florestal Brasileiro pode acelerar essa destruição, pois prevê que áreas maiores de mata possam ser desmatadas na Amazônia.
Desde a década de 1940, a região tem sido alvo de projetos agropecuários incentivados pelo governo.Na década de 1970, houve uma intensificação desses projetos.Queimadas e desmatamentos foram os métodos utilizados para a abertura de pastos.
Outros fatores também foram responsáveis pela degradação da região:Construção de usinas hidrelétricas (Tucuraí, Balbina, Samuel e outras);Extração de madeira para exportação para o Japão e a Europa;Crescimento demográfico;Garimpos de ouro;Extrativismo mineral;Construção de rodovias e ferrovias.

IMPACTOS AMBIENTAIS NO CERRADO

Atingido pela construção de Brasília e das rodovias que passaram a integrar a nova capital ao resto do pais, esse bioma vem rapidamente sendo degradado por causa do crescimento da agropecuária, notadamente nos últimos anos.Segundo o WWF, o cerrado perdeu 80% de sua vegetação original.
A pecuária, que ocupa 60% do cerrado, e o cultivo da soja, que representa 45,3% do total plantado no país, causaram vários impactos ambientais nesse bioma, como: o assoreamento do leito dos rios; a poluição em algumas nascentes de rios das bacias Amazônica e do São Francisco causada pelos agrotóxicos utilizados nas plantações; e a destruição de grandes áreas de vegetação original, em razão do aumento das rodovias e do grande crescimento populacional.

IMPACTOS AMBIENTAIS NA MATA ATLÂNTICA

Desde a extração do pau-brasil até o vertiginoso crescimento urbano-industrial brasileiro, não temos muito o que comemorar: estatísticas atuais dão conta que 90% da floresta, que se estendia no Rio Grande do Sul, já foi destruída.Alem disso, os pontos remanescentes estão localizados em locais de difícil acesso.
As cidades e a necessidades de terras para o cultivo de cana-de-açúcar, cacau e café causaram a derrubada da mata original.Os principais impactos ambientais decorrentes dessa destruição foram: poluição das águas fluviais e subterrâneas, contaminação e erosão do solo e poluição do ar atmosférico.Além das cidades e regiões metropolitanas, o espaço ocupado antigamente pela mata Atlântica abriga hoje as grandes regiões industriais, os complexos petrolíferos e os maiores portos do país.
Suas maiores áreas preservadas estão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, nas serras do Mar e da Mantiqueira, em virtude do relevo acidentado que torna difícil a ocupação humana.
Quanto à mata da Araucária, a retirada da madeira – para a produção de móveis e de papel de jornal – e a agropecuária são os principais fatores de sua devastação acentuada.Da década de 1930 até hoje 100 mil pinheiros foram derrubados.


IMPACTOS AMBIENTAIS NA CAATINGA

A ocupação do Sertão nordestino foi feita no período denominado ciclo do gado, assim chamado por ter na pecuária sua principal atividade econômica.
A atividade pecuária foi complementar à grande riqueza da época – a cana – de – açúcar – e desenvolveu-se ao longo do rio São Francisco (rio dos Currais) durante os séculos XVI, XVII E XVIII.
A forma extensiva com que foi realizada, sem maiores cuidados com os solos utilizados, tornou a pecuária não só a responsável pelo povoamento do sertão, mas uma das principais causas da devastação da caatinga, bioma característico dessa área.
A maior parte da caatinga já desapareceu, e 68% sofreram profundas alterações causadas pelo homem. Do que restou, cerca de 3% recebe algum tipo de proteção ambiental.
Os grandes latifundiários são os grandes responsáveis por essa degradação, pois alem de desmatar a vegetação original, monopolizam o uso dos açudes ,provocando seu assoreamento.As águas do São Francisco, o único rio perene da região, são usadas para a irrigação, provocando a salinização do solo.Aos pequenos proprietários, resta viver em extrema miséria ou migrar para as capitais nordestinas e outras regiões brasileiras.
Outro problema ambiental refere-se ao processo de desertificação de grandes áreas da caatinga, provocado pelo desmatamento da vegetação nativa (agropecuária e lenha) e pela degradação do solo.Alem disso, vários tipos de industria utilizam espécies arbóreas nativas para a produção de energia.

IMPACTOS AMBIENTAIS NOS CAMPOS SULINOS

A criação de gado deteriora os solos e seu uso prolongado causa a erosão e a arenização. A agropecuária, através do uso excessivo, prolongado e inadequado do solo, provoca o seu empobrecimento, dificultando o surgimento de uma nova vegetação. Está aberto o caminho para o processo de arenização.
O cultivo da soja e do trigo na Campanha Gaúcha também provoca o desgaste do solo e sua erosão.Muitas vezes, as queimadas antecipam o cultivo agrícola, diminuindo ainda mais a matéria orgânica dos solos e as áreas ocupadas pelos campos.

IMPACTOS AMBIENTAIS NO PANTANAL

O crescimento desorganizado do turismo no Pantanal tem sido uma agravante da degradação ambiental nos ecossistemas da região, uma vez que traz problemas até então desconhecidos, com: o lixo produzido pelos turistas, que é jogado nos rios e que pode contaminar e até matar a fauna e a flora local; a construção de pousadas e hotéis, rodovias, hidrovias e aeroportos, que ocupam áreas de vegetação nativa; e esgotos não tratados, que são lançados nos cursos de água.
Alem do ecoturismo desordenado, outras atividades tradicionais na região, como a agricultura e a pecuária extensiva alteram o meio ambiente ao provocar desmatamento do leito dos rios.Garimpos e a pesca predatória nos rios do Pantanal agravam ainda mais a destruição da natureza no bioma.

IMPACTOS AMBIENTAIS NOS MANGUEZAIS E NAS RESTINGAS

Os manguezais e as restingas são ecossistemas de “ alta produtividade biológica “ que estão entre os mais degradados de nosso país.
Sua localização foi decisiva para explicar essa devastação, isto é, abrangem a faixa costeira, que é a mais populosa do Brasil.
Diversas ações humanas combinadas afetam os manguezais e as restingas, como:
• a expansão urbana desordenada, que polui suas águas e solos;
• o derramamento de petróleo nas refinarias e nos terminais de embarque e desembarque da Petrobras e dos pólos petroquímicos localizados em suas áreas.
• a grande concentração de capitais estaduais pelo litoral, com o lançamento de esgotos e a movimentação de importantes portos;
• a pesca predatória, a ocupação irregular do solo e a poluição causada por pólos industrias instalados em áreas litorâneas;
• o crescimento da rede hoteleira em decorrência da atividade turística.


POLITICA DE PRESERVAÇAO AMBIENTAL

A preservação do meio ambiente no Brasil, em virtude da importância se seus ecossistemas, não diz respeito apenas ao nossos governantes, mas é de responsabilidade mundial.
Entretanto, a conscientização de nossa população é essencial para essa preservação.Grande numero de brasileiros, apesar das campanhas educativas de sensibilização para a causa ambiental, ainda não se vê como parte integrante do meio ambiente, causando impactos ambientais de trágicas conseqüências em nossos ecossistemas.
O Ibama é o órgão oficial encarregado da preservação dos biomas e ecossistemas brasileiros.Para realizar sua tarefa, apoiado na Constituição Federal, dividiu o território brasileiro em unidades de conservação, que são “ espaços territoriais e seus recursos naturais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, instituídos pelo poder publico, com objetivos de conservação e limites

Emilio Garrastazu Médici - Jorge e Ronei

10 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974. Foi a fase mais autoritária da ditadura,caracterizada pela violenta repressão a todos os que se opunham ao regime e pelo chamado “ milagre brasileiro “, na área econômica.
Repressão e luta armada:O bem-estar do povo e o progresso enquanto resultados da ditadura são absolutamente discutíveis,mas a repressão não deixou a menor duvida:com ela se escreveu uma das paginas mais tristes da historia do pais.
A repressão político-policial e militar assolou toda a sociedade brasileira ao longo do período ditatorial,havendo nuances que configuram fases distintas.A etapa compreendida entre 1969 ( depois de AI-5 ) e 1975 é apontada como o auge da repressão.
A repressão era a evidencia de que os opositores do regime não aceitavam passivamente a ditadura.Eles acabavam sendo identificados,genericamente,como grupos de esquerda, que,como já se analisou,haviam sido derrotados em 1964 mas nem por isso deixaram de existir.
Diversos foram os grupos progressistas que,de um modo ou de outro,de acordo com suas especialidades,enfrentaram a ditadura.

OS ANOS SOMBRIOS (1969 -1974 )

Em agosto de 1969, o presidente Costa e Silva sofreu um derrame cerebral e teve de afastar-se do cargo.Seu substituto era o vice-presidente Pedro Aleixo, político civil mineiro.Mas este manifestou a intenção de reabrir o Congresso e reformular as medidas criadas pelos atos institucionais.Foi,então,impedido de assumir a Presidência pelos ministros militares,que criaram uma Junta Provisória para assumir o poder.
Enquanto isso, o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick era seqüestrado por militares da ALN e do MR-8,numa ação espetacular e de grande repercussão internacional.Em troca da vida do embaixador, os guerrilheiros exigiam a libertação de quinze presos políticos e a transmissão,pela televisão,de um manifesto.As exigências foram atendidas pela Junta Militar.
Em outubro de 1969, 240 oficiais-generais indicaram para presidente o general Emilio Garrastazu Médici, ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), um dos órgãos de espionagem interna do governo.
Em janeiro de 1970, um decreto-lei tornou mais rígida a censura previa à imprensa.As redações dos jornais passaram a ser controladas por censores da Policia Federal, que vetavam assuntos previamente proibidos,como tortura a presos políticos, e artigos favoráveis à anistia e aos direitos humanos.A censura atingiu também a produção cultural: peças de teatro, filmes e musicas que transmitissem mensagens consideradas contrarias ao governo ou ao sistema eram proibidas.Caetano Veloso, Chico Buarque, Rubem Fonseca, entre outros,tiveram obras censuradas.Muitos artistas preferiram deixar o país ou foram obrigados a exilar-se.

A luta armada: O endurecimento da Junta Militar e o sucesso da operação de seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969, estimularam outras ações armadas por parte dos grupos de extrema esquerda.Só em 1970 as organizações armadas seqüestraram três diplomatas estrangeiros, trocando a vida deles pela libertação de dezenas de presos políticos.
Na luta contra os grupos de esquerda, o exercito criou dois órgãos especiais: o Departamento de Operações Internas (Doi) e o Centro de Operações de Defesa Interna(Codi).O modelo desses dois órgãos foi a Operação Bandeirantes (Oban), grupo clandestino de São Paulo, formado por agentes do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), da Policia Federal e dos serviços secretos da marinha (o Cenimar) e do exercito.A Oban contava com tecnologia de tortura que foi útil ao recém-criado Doi-Codi.A montagem desse circo de horrores contou com a ajuda em dinheiro de empresas multinacionais.
As atividades dos órgãos repressivos desarticularam as organizações de guerrilha urbana e levaram à morte dezenas de militantes de esquerda.O principal líder guerrilheiro, Carlos Marighela,foi emboscado e morto em 1969, em São Paulo.Alguns grupos tentaram então implantar núcleos no campo.Foi o caso do ex-capitão do exercito Carlos Lamarca,que, em 1970,estabeleceu-se com seu grupo no Vale do Ribeira,interior de São Paulo.A tentativa não teve êxito.
Em 1972, militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) concentraram-se na região do Araguaia,entre os estados do Para, Maranhão e Tocantins, onde pretendiam formar um núcleo guerrilheiro com apoio da população rural.Em 1975, depois de três anos de luta, o movimento foi extinto.Com o fim da guerrilha do Araguaia, o governo acabou praticamente com a luta armada no Brasil.Os guerrilheiros estavam todos presos, exilados ou mortos.

O crescimento econômico: No final da década de 1960, os bancos norte-americanos, europeus e japoneses dispunham de muito dinheiro, que passaram a emprestar a juros relativamente baixos ao Brasil e a outros paises em desenvolvimento.O petróleo e outros produtos,como trigo e fertilizantes, que o Brasil importava em grandes quantidades,também estavam baratos.Ao mesmo tempo,o governo concedeu facilidades às empresas exportadoras,como incentivos fiscais (redução de impostos), e sucessivas desvalorizações da moeda em relação ao dólar.Com isso, o Brasil passou a exportar grande variedade de produtos.
A novidade era o crescimento da exportação de produtos industrializados, com calçados,televisores,maquinas e automóveis.Ao mesmo tempo,novos produtos não-manufaturados eram incorporados à pauta de exportações: soja,minérios,frutas, etc.
Nesse período, o governo fortaleceu e ampliou seu controle sobre a economia.O objetivo era investir em setores nos quais os empresários não tinham interesse em aplicar dinheiro,por serem pouco rentáveis.Ao mesmo tempo,predominava entre os milhares a opinião de que o Estado devia preservar para si, como medida de segurança nacional, o controle dos setores vitais da economia.
O governo fez, assim, grandes investimentos em siderurgia(produção de aço).Outra preocupação era a dependência em relação ao petróleo.A Petrobras,que detinha o monopólio da pesquisa,prospecção,extração e refino de petróleo,intensificou as pesquisas na bacia de Campos,no litoral do Rio de Janeiro, obtendo bons resultados.Para aumentar a produção de energia elétrica, o Brasil assinou, em 1973,um acordo com o Paraguai para a construção da Usina de Itaipu,a segunda maior do mundo.
O setor que mais cresceu na época foi o de bens duráveis: eletrodomésticos e, principalmente,carros, ônibus e caminhões.Em 1971, as fabricas de automóveis,ônibus e caminhões, bem como as de autopeças estavam no auge da produção.A industria da construção civil também viveu um período de grande crescimento.Cerca de 1 milhão de novas moradias, financiadas pelo Banco Nacional de Habitação(BNH),foram construídas em dez anos de governo militar, mas apenas uma pequena parcela delas era destinada à população pobre.

Ernesto Geisel - Mirela e Vanessa


Biografia:
Ernesto Geisel nasceu em Bento Gonçalves no dia 3 de agosto de 1907, filho de Wilhelm August Geisel e Lídia Beckmann, imigrantes alemães vindos para o Brasil em 1883. Foi general e político brasileiro e o quarto presidente do Regime Militar brasileiro de 1964.
Seus irmãos Henrique e Orlando Geisel também ingressaram na carreira das armas e tornaram-se generais.
Ernesto iniciou sua carreira militar em 1921, quando ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre. Em 1928 formou-se na Escola Militar de Realengo. Participou como tenente, de ações militares na Revolução de 30 e fez parte de tropas federais que combateram a Revolução Constitucionalista de 1932. Já no inicio dos anos 30 desempenhou a função de secretário da fazenda do estado da Paraíba.
Casou-se com sua prima de segundo grau, Lucy, com quem teve dois filhos, Amélia e Orlando, este falecido em um acidente de trem no ano de 1957, sendo que Geisel jamais se recuperaria deste trágico golpe.

Principais realizações do Governo Geisel:• Reatamento de relações diplomáticas com a China.
• Fez com que o Brasil fosse o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola.
• II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND).
• Busca de novas fontes de energia, realizando o acordo nuclear com a Alemanha, criando os contratos de risco com a Petrobras e incentivando a utilização do álcool como combustível.
• Início do processo de redemocratização do país, embora tal processo tenha sofrido alguns retrocessos durante seu governo, como bem exemplifica o Pacote de Abril, em 1977.
• Abertura política do Brasil, sobre a qual Geisel afirmou que a redemocratização do Brasil seria um processo "lento, gradual e seguro".
• Extinguiu o AI-5, e preparou o governo seguinte (João Figueiredo) para realizar a anistia política e a volta dos exilados, mas sem que retomassem seus cargos políticos.
• Em política externa procurou ampliar a presença brasileira na África e na Europa, evitando o alinhamento incondicional à política dos Estados Unidos.
• Denúncia do tratado militar Brasil-Estados Unidos em 1977.
• Construiu grande parte da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Vida política:
Na década de 1950, Geisel comandou a guarnição de Quitaúna e gerenciou a refinaria de Cubatão, ambas no estado de São Paulo. Durante este período, ele estreitou suas ligações com o grupo militar que mais tarde seria conhecido como "Sorbonne", ligado à Escola Superior de Guerra.
Ele sempre teve interesse na área de extração petrolífera, tendo dirigido a refinaria de Cubatão em 1956, a Petrobrás (1969 a 1973) e, após 1979, a Norquisa, depois de ter deixado a presidência da República.
Em sua gestão na presidência da Petrobras, empresa estatal que deteve até a década de 90 o monopólio da extração de petróleo no Brasil , concentrou esforços na exploração da plataforma submarina, tendo obtido resultados positivos. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.
Após a revolução de 1964, em 15 de abril de 1964, foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Castello Branco, que o encarregou de averiguar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste do Brasil.
Geisel fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do marechal Costa e Silva à presidência da República.
Castello Branco promoveu-o a general-de-exército em 1966 e nomeou-o ainda ministro do Superior Tribunal Militar em 1967.
Com a posse de Costa e Silva na presidência, Geisel caiu no ostracismo político. No governo de Emílio Médici tornou-se presidente da Petrobras enquanto seu irmão Orlando Geisel se tornou o ministro do Exército. O apoio do irmão Orlando foi decisivo para que conseguisse ser lançado como candidato à presidência da república para o mandato de 1974-1979.

Após a presidência:
Depois de sua presidência, continuou exercendo grande influência sobre o exército ao longo dos anos 80. Foi presidente da Norquisa, empresa petroquímica.
Passou o resto de sua vida morando em seu apartamento simples no qual ficou até sua morte, ocorrida no dia 12 de setembro de 1996, aos 88 anos, causada por um câncer generalizado.